Da Redação
A Bronca Popular
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Alexandre Mendes, reagiu com indignação às acusações contra 68 policiais militares lançadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suposta formação de grupo de extermínio responsável pela execução de 23 criminosos em Cuiabá e Várzea Grande.
Em nota divulgada à imprensa, Mendes defendeu enfaticamente a corporação.
"A polícia de verdade: defensora da vida. É absurda qualquer generalização que responsabiliza a Polícia Militar por mortes. Quando o evento morte ocorre numa ocorrência, não há que se falar em homicídio doloso ou assassinato, principalmente porque, em regra, nenhum policial militar sai de casa para matar," afirmou o comandante.
Mendes criticou duramente as acusações de que a PM seria responsável por um aumento assombroso de mortes, mais de 800%, segundo denuncia do MPE. Ele expressou confiança na tropa da PMMT e destacou o apoio da sociedade mato-grossense, que, segundo ele, sabe distinguir a realidade da ideologia.
"Vocês têm a minha confiança e a confiança da sociedade mato-grossense, que não se deixa levar por jargões enviesados. Sabe que as facções não têm por costume nos receber com flores," declarou.
O comandante também apontou fatores como o aumento do poderio bélico das facções, a impunidade, o congestionamento do judiciário e a morosidade do sistema como contribuintes para o aumento de mortes, afastando a responsabilidade da polícia.
"Responsabilizar a polícia é distrair das verdades inconvenientes que precisam ser acusadas. Ações como essa podem até intimidar, podem até enfraquecer nossa moral. Mas firmados na legalidade estamos juntos, apesar de qualquer tentativa de intimidação," concluiu Mendes, reafirmando seu respaldo à tropa e sua determinação de seguir em frente, "a despeito dos profetas do caos."
