O tiro saiu pela culatra. Faltou combinar com os russos. No caso, os russos eram os demais integrantes do pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A mercadoria não saiu conforme o combinado.
O custo exorbitante gasto com a contratação a peso de ouro de caríssimos advogados para sustentar a procedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Selma Arruda não rendeu o benefício esperado.
Cassar o mandato da senadora só teria compensado os gastos se fosse para garantir a posse imediata de Carlos Fávaro no cargo de senador biônico. Sakamoto até que tentou. O desembargador fez grande esforço intelectual e vigoroso malabarismo jurídico para convencer seus pares a chancelar sua disposição de declarar Favaro senador.
Não deu certo, falhou!
A coisa era de toda asquerosa e fora de propósito que foi rejeitada olimpicamente pelo pleno colegiado da Corte Eleitoral. A invencionice teratológica de Sakamoto foi arremessada na cesta de lixo do TRE.
O sonho acabou para Favaro. Se quiser virar senador, terá que se submeter ao crivo das urnas. Os medalhões da advocacia já fizeram o check-out no hotel e embarcaram de volta para Brasília. Não conseguiram o que pretendiam. Mas estão com os bolsos cheios. Isso basta.
Sakamoto não buscou no direito, na doutrina ou na jurisprudência o fundamento de sua decisão. O eminente e culto magistrado recorreu a um raso discurso político para inovar a ordem jurídica. Alegou apenas morosidade da justiça para consubstanciar sua pretensão.
a Venezuela, o porra loca Juan Guaidó se autoproclamou presidente da República. Sakamoto não teve a mesma ousadia. Preferiu declarar Carlos Fávaro senador biônico. Faltou combinar com os chineses, russos e cubanos.
Leia parte do dispositivo do voto condutor de Sakamoto para cassar Selma e declarar Favaro senador
A Bronca Popular/Reprodução
Reprodução parcial do voto do desembargador Pedro Sakamoto, na AIJE contra Selma. Morosidade da justiça seria o fundamento para declarar Favaro senador.
