O plenário da Câmara dos vereadores aprovou, ontem (25/ 10), requerimento do vereador Weliton Duarte (PT) para que o legislativo contrate uma auditoria independente e faça completa e minudente checagem na contabilidade, sistema operacional e de planejamento do Samae desde o ano de 2013. O parlamentar quer saber a real situação financeira da empresa, o montante da receita, investimentos realizados e os projetos criados para o enfrentamento da alegada situação de crise hídrica.
Weliton pretende que a auditoria faça avaliação da capacidade técnica de captação, tratamento e oferta de água à população, bem como o motivo da escassez de água. Precisamos saber se houve perda de água por ocasião da construção de uma represa no período compreendido entre julho e outubro de 2016.
Os vereadores também querem informações acerca de criação de cargos e sua pertinência para a empresa. Outra informação diz respeito aos estudos, planejamentos e projetos realizados pelo Samae para garantir o abastecimento de água de modo satisfatório à população.
A auditoria deve analisar quais foram as medidas adotadas para preservação da bacia hidrográfica do Queima Pé, represa de abastecimento e nascentes localizadas no município. O autor do requerimento quer esclarecimentos acerca da ampliação, melhoria e investimentos na rede de distribuição de água.
O vereador Weliton Duarte considera importante saber os pressupostos autorizadores da expedição do decreto que reconhece estado de emergência no município. A administração pública cinge-se ao principio da publicidade, ou seja, deve ser transparente e prestar todas as informações ao cidadão, diz Duarte.
Opinião - Lamentável que o vereador Rogério Silva (PMDB), em nome de sua amizade e envolvimento político com o prefeito, abra mão de sua condição de fiscal do executivo e se declare contra a abertura da caixa preta do Samae. Essa atitude, além de deplorável, atentatória ao dever de bem representar o povo, caracteriza rompimento unilateral com a obrigação firmada com o eleitor de zelar pela probidade na administração pública. O objetivo da auditoria não é condenar ninguém, ao contrário, pode significar atestado de eficiência de boas práticas administrativas. Tudo vai depender do relatório final. Quem não tem ressaca não treme ou Rogério Silva sabe de alguma coisa que prefere seja mantida debaixo do tapete?