Da Redação
Blog Edição MT
A Justiça Eleitoral em Sorriso, Mato Grosso, pode reescrever o destino político da "capital do agronegócio". O juiz Anderson Candiotto, da 43ª Zona Eleitoral, acatou duas representações que pedem a cassação do diploma do prefeito eleito, Alei Fernandes (União Brasil), e de seu vice, Acácio Ambrosini. Ambos são acusados de crimes eleitorais graves, como caixa 2, compra de votos e doações ilegais de empresas, práticas proibidas pela legislação brasileira.
As investigações ganharam força após a apreensão de R$ 300 mil em espécie em uma caminhonete Hilux adesivada com o nome do prefeito eleito. O veículo, interceptado pela Polícia Rodoviária Federal, era conduzido por Nei Francio, coordenador financeiro da campanha, que tentou fugir dos policiais.
Mensagens no celular de Francio, periciado com autorização judicial, revelaram indícios de um esquema de caixa 2 e uso de empresas para doações ilegais, além da utilização de "laranjas" para disfarçar as transações.
A Operação Rustius, deflagrada pela Polícia Federal, reforçou as acusações contra a chapa eleita. Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), o dinheiro encontrado seria destinado a abastecer o esquema de financiamento irregular da campanha.
Caso a Justiça determine a cassação de Alei Fernandes e Acácio Ambrosini, uma nova eleição pode ser convocada em Sorriso, acirrando o cenário político na região.
Os acusados têm cinco dias para apresentar defesa, mas o desfecho pode ser um marco na luta contra crimes eleitorais, refletindo o rigor da Justiça diante de práticas que comprometem a integridade do processo democrático.