Da Redação
Blog Edição MT
O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson (UB), virou saco de pancada nas redes sociais e de setores da imprensa. Na semana passada foi escalpelado por um programa local de televisão. A rebordosa ganhou os grupos de Whatsapp e foi replicada à exaustão.
Vander apanha pela situação capenga da saúde pública, leva chibatada pela buraqueira que alterou a paisagem da cidade, causa acidentes e estressa motoristas e pedestres.
Apanha também pela instalação de uma quantidade considerada excessiva de semáforos nas principais vias da cidade e sofre críticas pelo expressivo volume de dinheiro público – algo em torno de R$ 8 milhões – na aquisição desses equipamentos de controle de trânsito.
Masson apanha pela troca de comando no Samae. Leto foi substituído pelo vice Scolari, que já foi testado e reprovado na Sinfra. No imaginário dos críticos de Vander a sonhada água do Sepotuba não chega a ETA do Queima Pé neste ano. Talvez nem em 2024 – ano de eleição municipal.
O prefeito também está sendo açoitado na timeline do Instagram, Facebook e em grupos de Whatsapp por conta de um projeto de lei enviado à Câmara de Vereadores, que já foi apelidado de Ruanet Rural. Trata-se do PL 273/2022, que garante uma generosa benesse ao Sindicato Rural de Tangará da Serra por cinco anos.
Por meio da Lei Ruanet Rural proposta por Vander, a entidade que representa a elite da pecuária terá redução na alíquota do ISSQN de 5% para 2%. Também fica isenta do pagamento de custas com as taxas de alvarás de funcionamento e sanitários. Esse benefício se estende também aos expositores residentes em Tangará da Serra.
Sem entrar no mérito de nenhuma das questões criticadas pelo grande público, a pergunta que não se cala segue sem resposta. Por que Vander apanha tanto, se sua gestão tem sido marcada por algumas realizações importantes para o município?
A razão é de obviedade ululante. Vander não tem assessoria política e nem estratégia de comunicação.
Diferente de seu antecessor, Fábio Junqueira, que domina a fala, o verbo, a escrita e entende a natureza humana, Masson não tem entre suas muitas virtudes expertise na comunicação. E na política a regra é clara: quem comunica mal se estrumbica. Junqueira tinha uma assessoria de imprensa que produzia conteúdo de qualidade e dava respostas aos questionamentos. O mesmo não se pode dizer da gestão Vander. Por lá impera o amadorismo.
O astuto ex-secretário de Infraestrutura, Chico Clemente, jogou a isca e Vander engoliu o anzol. O prefeito se expos desnecessariamente e se deu mal. Clemente ficou faceiro com a notoriedade conquistada. Seu nome ganhou visibilidade. Masson retirou seu oponente do anonimato, que se animou em entrar na briga pela prefeitura em 2024.
A pavimentação da estrada da Comunidade São José, o lançamento e a execução de tantas outras obras importantes para a população não receberam o devido tratamento por parte da comunicação, o que é um erro primário no jornalismo de assessoria.
As redes sociais do prefeito registra baixo engajamento. Motivo: desatualizadas e carente de conteúdo de qualidade.
Outra falha estratégica é o chamamento frequente de coletiva de imprensa para anunciar ações já de domínio público.
Até o material fotográfico produzido pela assessoria de imprensa depõe contra a gestão Vander Masson. A foto que ilustra esse texto é exemplificativa disso. Vander pode salvar sua reeleição, desde que acorde o quanto antes.