Da Redação
Blog Edição MT
Nesta sexta-feira, o prefeito Abílio Brunini (PL) anunciou a decisão de decretar calamidade financeira em Cuiabá, atribuindo a medida à suposta falta de recursos deixada pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro.
Contudo, essa decisão parece mais uma manobra diversionista do que uma real tentativa de resolver os problemas da cidade.
Abílio, ao longo de sua trajetória política como vereador e deputado federal, sempre se apresentou como um salvador da pátria, embalado por discursos populistas e ações voltadas para lacrações nas redes sociais.
Agora, ao decretar calamidade financeira, ele tenta inculcar na população cuiabana a imagem de um cenário de caos deixado por seu antecessor, desviando o foco das limitações de sua própria gestão.
É importante lembrar que o prefeito não pode alegar surpresa diante da realidade financeira do município.
Como figura política atuante em Cuiabá, era sua obrigação conhecer a situação da prefeitura antes de assumir o cargo.
Decretar calamidade financeira não apenas sugere despreparo, mas também soa como uma tentativa de pressionar o governo estadual a liberar recursos emergenciais para a capital.
Além disso, a estratégia de declarar o estado de calamidade coloca em xeque sua responsabilidade como gestor.
Cuiabá enfrenta problemas reais, como a precariedade na saúde, infraestrutura deficiente e a ausência de políticas públicas efetivas.
Focar em narrativas que busquem responsabilizar exclusivamente a gestão anterior pode ser visto como uma forma de evitar o enfrentamento direto dessas questões.
A população cuiabana merece mais do que discursos e decretos impactantes.
É preciso que Abílio Brunini mostre que é capaz de administrar com competência e transparência, em vez de recorrer a medidas que, no fundo, podem apenas perpetuar a instabilidade e as incertezas na cidade.
Afinal, Cuiabá precisa de um gestor que enfrente os desafios de frente, e não de cortinas de fumaça para justificar suas próprias limitações.
