Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 14 de Novembro de 2019, 13:02 - A | A

14 de Novembro de 2019, 13h:02 - A | A

POLÍCIA / Crime ambiental

Incra se omite e grileiros avançam na destruição de APP do Antonio Conselheiro

Da Redação



Resgatamos aqui um post que foi publicado em edição do dia 23 de agosto para chamar a atenção das autoridades sobre um evento absurdamente danoso ao meio ambiente em curso no assentamento do Incra Antonio Conselheiro.  

Diz a publicação, em vermelho:  

Proprietários de lotes na Agrovila Três, no assentamento Antonio Conselheiro, estão preocupados com a chegada de quase 200 famílias, que foram expulsas da gleba Pompeia, no complexo Pecuama, em faveiro de 2019, por determinação judicial. Liderados pelo grileiro profissional Jonas Vinício de Lima, os sem-terra ocuparam uma área de preservação permanente de quase 200 hectares.      

“Estão extraindo madeira de forma ilegal e usando o fogo para demarcar lotes e limpar a área. Isso é um crime. Essa APP pertence a todos os assentados aqui na Agrovila. As autoridades precisam impedir a destruição dessa área de mata nativa e preservada”. O alerta foi feito ao site por produtor da agricultura familiar, que pediu para não citar seu nome. “Esse pessoal que chegou está metendo o terror. Estamos assustados, com medo mesmo”, completa.  

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o Batalhão de Polícia Ambiental e, principalmente o Incra, precisam se posicionar com urgência, antes que a APP seja desmatada e transformada em cinzas. Tentamos contato com o superintendente do Incra, Ivanildo Teixeira. Sua assessoria informou que ele estaria cumprindo agenda fora de Cuiabá.  

Depois de quase 90 dias da publicação, sabe o que aconteceu, além de nada? Nada mesmo!!! O assentamento Antonio Conselheiro é de responsabilidade do Incra, que parece não ter responsabilidade ambiental e nem compromisso com a defesa das áreas de preservação permanente do assentamento.  

Se a devastação ambiental fosse no coração da floresta amazônica, cada arvore tombada ganharia destaque na imprensa internacional e espaço nos telejornais da TV Globo.  

A modelo Gisele Bündchen já teria se ocupado de suas mídias sociais para chamar atenção do mundo para o caso.  

Certamente, a ONU já teria emitido uma nota para cobrar providencias do governo Bolsonaro.  

A garota sueca Greta Thunberg e o presidente francês, Emmanuel Macron, também já teriam feito duras manifestações em defesa da preservação do meio ambiente.  

Sem dinheiro, sem gestão e sem interesse político, o Incra no estado vive um processo parecido com dormência.  

Quando a autarquia federal se despertar ou for despertada do profundo sono da omissão, vai descobrir que grileiros negociam lotes em área pública do governo federal. Também vai poder mensurar o tamanho da devastação ambiental que os invasores causaram a APP do Antonio Conselheiro.

Informado sobre a situação em um grupo de Whatsapp, o assessor de um deputado ligado a questão ambiental, disse desconhecer  a situção no assentamente Antonio Conselheiro. O dito assessor é filiado ao PV, que controla a secretaria de Meio Ambiente de Tangará da Serra. Se eles ignoram o fato, então a coisa é ainda bem mais grave e preocupante.

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